domingo, 10 de junho de 2012

Igreja da Penha BLOG MARIANO MARQUES OFICIAL

Igreja da Penha
 
    

Igreja de Nossa Senhora da Penha de França
Fachada da igreja
Construção1728 - séc. XX
BispoOrani João Tempesta
DioceseArquidiocese do Rio de Janeiro
LocalRio de Janeiro, Brasil
A Igreja de Nossa Senhora da Penha de França, popularmente conhecida como Igreja da Penha é um tradicional santuário católico localizado no bairro da Penha, na Vila Cruzeiro, na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.
Erguida no alto de uma pedra, é famosa pelos 382 degraus da escadaria principal, onde muitos fiéis pagam promessas, subindo a pé ou de joelhos. O Santuário possui também um bondinho, recentemente reformado, com capacidade para transportar cerca de quinhentas pessoas por hora, gratuitamente.
Anualmente o santuário realiza os festejos da padroeira, no mês de outubro, promovendo a celebração de missas de hora em hora aos domingos, shows religiosos, procissões luminosas, missas campais, apresentação de grupos folclóricos, apresentação de corais e a festa na ladeira de subida ao santuário com as tradicionais barracas de comidas típicas, doces diversos e música ambiente.

 História

No início do século XVII, o capitão Baltasar de Abreu Cardoso ia subindo o monte rochoso (penha) para observar as suas propriedades, quando de repente surgiu uma grande serpente prestes a atacá-lo. Assustado, apenas conseguiu rogar: "Minha Nossa Senhora, valei-me!". Imediatamente surgiu um lagarto, predador das cobras. Os dois animais começaram a lutar e o Capitão conseguiu fugir. [carece de fontes?]
O proprietário interpretou a aparição do lagarto como obra de Nossa Senhora, a quem tinha pedido socorro, determinando erguer no alto da penha uma pequena ermida com uma imagem que denominou de Nossa Senhora da Penha por se encontrar no alto da rocha.
Progressivamente o número dos devotos foi aumentando até que, em 1728, a ermida com a imagem foi ampliada e erguido um campanário onde foram colocados dois pequenos sinos.












domingo, 3 de junho de 2012

Vista Chinesa BLOG MARIANO MARQUES OFICIAL

Vista Chinesa
A Vista Chinesa é um mirante em estilo chinês localizado no bairro do Alto da Boa Vista[1], na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. É um importante ponto turístico da cidade. O monumento está localizado dentro da Floresta da Tijuca.

História
Vista Chinesa em cartão-postal de 1911
Desde 1856, o Jardim Botânico estava ligado ao Alto da Boa Vista por uma estrada carroçável, aberta por influência do Barão do Bom Retiro e cuja execução e manutenção foi contratada a Thomas Cochrane. Registra a crônica da cidade que, nessa obra, foram empregados trabalhadores coolies trazidos de Macau, na China, para desenvolver a lavoura do arroz, mas que, não tendo demonstrado qualquer habilidade para a agricultura, foram aproveitados na construção da estrada. Essa região apresenta uma assombrosa coincidência de presença chinesa, iniciada com a vinda de plantadores do chá na época de Dom João VI. Depois do fracasso dessa lavoura, segundo Brasil Gerson, os chineses se teriam espalhado "pelas fraldas da Tijuca". Em 1844, um mapa da área registrava uma edificação denominada "Casa dos Chinas". Provavelmente, um resquício dessa primitiva experiência. Essa vocação provavelmente explica por que o prefeito Pereira Passos, em 1903, com projeto do arquiteto Luis Rei), edificou, em argamassa copiando o bambu, às margens dessa estrada, o pavilhão da Vista Chinesa. Mais acima, na mesma Estrada da Vista Chinesa, um local preparado para servir como ponto de repouso nos frequentes passeios da família imperial ganhou o nome de Mesa do Imperador.
O chá no Brasil
No Brasil, a cultura do chá teve início nos arredores da cidade do Rio de Janeiro. Existem notícias de ter sido plantado em 1814, em vasta área da Ilha do Governador, na Fazenda Santa Cruz e no atual Jardim Botânico do Rio de Janeiro, tendo Dom João contratado, para isso, colonos chineses a fim de ensinarem o plantio e preparação do chá. Muitos deles, entretanto, abandonaram as plantações e passaram a ser vendedores ambulantes. A Fazenda do Macaco de Amélia de Leuchtenberg, casa que ainda está no Jardim Botânico, teve cultivo de chá até 1890.

                                            O chá e a Vista Chinesa

O nome "Vista Chinesa" tem origem nos agricultores dessa nacionalidade trazidos para o Rio de Janeiro em duas levas, na primeira metade do século XIX. Inicialmente, foram cem os chineses que vieram da colônia portuguesa de Macau, importados em 1812 pelo Conde de Linhares, a mando de Dom João VI, com o objetivo de testar a receptividade do solo brasileiro para o cultivo do chá. Os imigrantes, que, teoricamente, foram escolhidos por terem bastante experiência no assunto, estabeleceram-se, primeiramente, nas encostas da mata onde estão os fundos do Jardim Botânico. Ali, chegaram a plantar 6 000 pés de chá, erva que dava três safras por ano. Após serem colhidas, as folhas eram colocadas em fornos de barro, onde eram postas a secar, sendo depois enroladas. Era sonho do príncipe-regente repetir, no Brasil, o comércio exitoso entre Macau e a Europa, do qual, com a venda do chá, Portugal auferia considerável rendimento. No princípio, houve certa euforia com o futuro da erva no Rio de Janeiro. Loccock nos conta que, logo após a chegada da família real, planejava-se suprir todo o mercado europeu com a produção carioca. Também Ebel nos dá seu relato, datado de 1824, no qual afirma ter visto, nas encostas do Jardim Botânico, "vastas plantações de chá chinês, agora em floração". Nesse sentido, é interessante o registro iconográfico executado por Rugendas em 1822, onde podem-se ver os chineses em pleno trabalho de plantio do chá, com bela vista da Lagoa Rodrigo de Freitas ao fundo.
                                                               A Grande História

Um pouco antes de 1817, Johann Baptiste von Spix e Carl Friedrich Philipp von Martius declararam ter o chá carioca aroma excelente, embora seu sabor não fosse dos melhores. Esse desagradável paladar parece ter sido a razão que acabou obrigando o governo português a desistir de tentar produzir comercialmente o chá em terras brasileiras.
Outros autores, entretanto, afirmam que o insucesso deveu-se à falta de preparo, indolência e alto custo da mão de obra representada pelos chineses, que teriam sido mal-escolhidos em sua terra natal, não tendo vindo para cá um grupo de experientes agricultores, mas, como escreveu o historiador Oliveira Lima, "a ralé de Cantão". Mais realista, entretanto, parece ser a explicação de Maria Graham, citada por Bastos Cezar: "o imperador compreendeu ser mais vantajoso vender café (um produto sem concorrentes) e comprar chá do que obtê-lo com tais despesas (já que o chá era produzido a baixíssimo custo na China e Índia) e não continuou a plantação". Os chineses foram transferidos para a Fazenda Real de Santa Cruz onde fizeram outra tentativa, também falida.